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26 de outubro de 2017

Aligátor-americano

Os dedos estão ligados por membranas interdigitais. As narinas na ponta do focinho permitem-lhe respirar enquanto o corpo está submerso. Distingue-se  do crocodilo (Crocodylus sp.) por ter o  4º dente na mandíbula. Este não é visível quando a boca do animal está fechada, já que encaixa numa concavidade no maxilar superior.
Durante o dia, toma banhos de sol para aumentar a temperatura corporal e durante a noite recolhe-se para a água. Nos meses mais frios não se alimenta e, geralmente, hiberna em tocas no solo semelhantes a covas. Os machos tendem a ser territoriais e dominantes entre si.
Cada macho acasala com várias fêmeas. É o macho quem atrai a fêmea ao fazer a água vibrar sobre o seu dorso. A cópula ocorre dentro de água, num ritual que pode durar horas. Depois da eclosão a fêmea cuida das crias durante 1 a 3 anos. Estas são machos ou fêmeas, dependendo da temperatura de incubação dos ovos
Cursos de água relativamente lentos, lagos e áreas pantanosas.
Em tempos a captura intensiva para o comércio ilegal de peles foi a principal ameaça à sobrevivência da espécie. Atualmente a perda do habitat devido à poluição e à expansão das áreas agrícolas é a maior ameaça. A espécie está incluída no apêndice II da CITES*.

*Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies da Fauna e da Flora Selvagem Ameaçadas de Extinção





2 de agosto de 2012

Elefante-Africano-da-Savana


Ordem: PROBOSCIDEA 

Família: Elephantidae 


Distribuição e Habitat : Encontram-se em quase toda a África Subsariana, mas principalmente em áreas protegidas. Vivem em savanas e estepes semidesérticas. 


Identificação:O elefante-africano-de-savana é o maior animal terrestre. Incluindo tromba, mede cerca de 6 a 7,5 metros de comprimento. Só a tromba pode medir cerca de 150 cm. Já de altura mede cerca de 2,2 a 3,7 metros ao garrote e pode atingir os 7500 kg. O dorso é côncavo, com forma de sela. A fronte é convexa. As orelhas são muito grandes, com o bordo posterior arredondado e podem cobrir a parte superior das espáduas. Os elefantes abanam-nas para facilitar o arrefecimento corporal ou quando são importunados. O lábio superior e o nariz formam a tromba, muito enrugada, que apresenta dois apêndices digitiformes na extremidade. Esta é usada para cheirar, manusear objectos, recolher alimentos e água e ainda para defesa, ataque ou demonstrações de afecto. As presas não são mais do que os dentes incisivos superiores e crescem durante toda a vida. Estão desenvolvidas em ambos os sexos, embora sejam menores nas fêmeas. São usadas para combater, para escavar raízes e para arrancar a casca das árvores. Os elefantes não têm caninos, têm dois incisivos superiores (as presas) e quatro molares funcionais de cada vez, que vão sendo substituídos periodicamente ao longo da vida do animal, em seis fases sucessivas: a primeira aos dois anos; a segunda aos seis anos; a terceira aos nove; a quarta e primeira dentição de adulto entre os 20 e 25 anos; finalmente, surgem os quinto e sexto pares de molares. Os elefantes velhos não desenvolvem novos molares, pelo que, à medida que estes se desgastam, vai-lhes sendo cada vez mais difícil alimentarem-se, levando-os a um enfraquecimento gradual e à morte. Os sentidos da audição e do olfacto estão bem desenvolvidos. A pele grossa, com pêlos escassos, é muito sensível e, por isso, é molhada constantemente e esfregada com terra. As patas anteriores têm quatro unhas e as posteriores três. Estudos científicos recentes (baseados em dados de biologia molecular) sugeriram que os elefantes-africanos-de-savana e os elefantes-africanos-da-floresta, anteriormente incluídos numa única espécie com a designação científica de Loxodonta africana afinal devem ser considerados espécies diferentes. Assim, os investigadores propuseram que se mantivesse a designação Loxodonta africana para os elefantes-africanos-de-savana e se utilizasse a designação Loxodonta cyclotis para os elefantes-africanos-da-floresta (esta última já era, aliás, anteriormente utilizada por alguns cientistas para designar os elefantes-africanos-de-floresta como uma subespécie, isto é, Loxodonta africana cyclotis, por oposição a Loxodonta africana africana referida para os elefantes-de-savana). O elefante-africano-da-floresta é mais pequeno, tem presas mais compridas e estreitas e orelhas mais arredondadas.

Hábitos:Procuram alimento de manhã, ao final do dia e durante a noite. Repousam no meio da vegetação durante as horas mais quentes do dia. Deslocam-se grandes distâncias para procurar alimento e água. Podem causar danos consideráveis na vegetação dos locais por onde vão passando, pois são caprichosos, derrubando as árvores só para comer os raminhos mais novos. São animais gregários, que vivem normalmente em grupos familiares de fêmeas e crias (grupos “matriarcais”) geralmente com 10 a 30 indivíduos, que apresentam ligações muito fortes entre si e um comportamento cooperativo, especialmente no que se refere às crias. O grupo é conduzido pela fêmea mais velha, a matriarca, que detém os conhecimentos sociais do grupo e das características do meio. Esta tem uma influência decisiva sobre o comportamento dos restantes elementos do grupo: se ela atacar um ofensor, os outros elementos do grupo aguardam o desenlace; se esta fugir, todos fogem. Os machos, por outro lado, têm tendência para viver sozinhos ou em pequenos grupos temporários. Neste caso, se forem atacados e tiverem de fugir, fazem-no cada um por si. Podem formar-se grupos até 200 animais que, na época das chuvas podem mesmo atingir os 1000 indivíduos.

Dieta:Alimentam-se de folhas, rebentos, frutos e casca de árvores, bem como de raízes e da folhagem de arbustos. Bebem, diariamente, cerca de 200 litros de água e ingerem perto de 150 a 300 kg de matéria vegetal.

Reprodução: 
Os machos juntam-se às fêmeas quando alguma destas está no cio. As fêmeas têm o cio apenas durante alguns dias, na segunda metade da estação das chuvas e nos primeiros meses da estação seca. Fazem chamamentos subsónicos que se podem propagar até cerca de 10 km, pelo que os machos podem percorrer longas distâncias por dia para encontrar fêmeas reprodutoras. Ao localizá-las os machos ainda terão de competir, vencendo, geralmente, o maior e mais forte. A gestação dura 22 meses, nascendo uma cria, por vezes duas. O parto pode ser assistido por outras fêmeas. As crias são amamentadas no máximo até aos dois anos de idade. Atingem a maturidade sexual entre os oito e 12 anos de idade.


Estatuto de conservação e principais ameaças:É uma espécie em perigo (segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza). Pertence ao Ap. I da CITES. Está muito ameaçada pela destruição do habitat (aumento de terras cultiváveis) e pela caça para obtenção do marfim e da carne, que, em alguns locais da floresta equatorial do Congo, chega a valer mais do que o marfim. Actualmente, a sua conservação só é possível em parques naturais, em função da quantidade de alimento disponível e de uma gestão rigorosa.

1 de agosto de 2012

Urso-pardo


Ordem: CARNIVORA 

Família: Ursídeos 

Distribuição e Habitat : Encontram-se na Europa (cordilheira Cantábrica, Pirenéus, Escandinávia, Alpes e Cárpatos), na América do Norte e na Rússia. Vivem em florestas de coníferas, em regiões montanhosas e na tundra.



Identificação:Têm o corpo pesado e robusto, cauda curta e patas fortes com cinco garras não retrácteis, que podem atingir os 10 cm nas patas anteriores e são utilizadas para escavar o solo em busca de alimento ou de abrigo, para pescar, para trepar e para defesa. A cabeça é larga com orelhas curtas e arredondadas e o focinho é comprido. As dimensões e peso destes animais dependem da localização geográfica, da altura do ano, da disponibilidade alimentar, do sexo e da idade, mas os animais maiores tendem a ser encontrados a norte da área de distribuição da espécie. No Outono, atingem o peso máximo devido às reservas de gordura acumuladas (os machos podem chegar a pesar 780 kg, ou seja, mais do dobro do seu peso no período pós-letárgico). As fêmeas são bastante mais pequenas e leves que os machos. A pelagem é normalmente castanho-escura, embora existam variações entre os tons castanho-claro e negro. É mais densa no Outono e mais leve no início do Verão. Os juvenis apresentam, normalmente, uma banda amarelada em torno do pescoço. 

Hábitos:São animais solitários, embora se possam reunir de forma relativamente pacífica em locais onde o alimento seja abundante, como acontece durante a época da desova do salmão, no Santuário de caça do rio MacNeil, no Alasca. Os territórios dos machos sobrepõem-se aos de várias fêmeas (que são mais pequenos) e de outros machos. As marcações de território são conseguidas por meio de raspagens na casca das árvores, nas quais esfregam as costas, deixando pêlos e odores. Recolhem-se durante o Inverno numa cavidade subterrânea forrada com vegetação seca ficando num estado letárgico. Este está relacionado com a escassez de alimento nesta altura do ano, uma vez que é necessária bastante energia para manter a temperatura do corpo elevada. Assim, a temperatura do corpo, a velocidade dos batimentos cardíacos e a taxa metabólica são reduzidas de forma a poupar energia, sendo a sobrevivência garantida apenas a partir das reservas de gordura acumuladas no Verão e no Outono; e embora percam muito peso à medida que vão utilizando estas reservas, a sua massa proteica permanece geralmente constante ou vai diminuindo apenas gradualmente, o que é um factor essencial para a sua boa condição vital. Para mais, embora o urso pardo em estado de letargia não coma, beba, defeque ou urine, pode ser acordado facilmente para se defender de eventuais predadores, como os lobos. É por este motivo que esta letargia não é considerada por muitos especialistas como uma verdadeira hibernação (como sucede com alguns roedores). 

Dieta:São principalmente vegetarianos, mas a sua dieta é omnívora e muito diversificada. Exibem uma grande perícia na manipulação de objectos quando procuram alimento. Alimentam-se de herbáceas, frutos, raízes, sementes, insectos, mel, peixe (truta, salmão), ovos e juvenis de aves, roedores, veados, renas, alces, gado doméstico e cadáveres. Em algumas zonas, os machos podem matar quatro alces adultos, por ano, enquanto as fêmeas capturam em média apenas um.

Reprodução:
Na época de reprodução, entre Maio e Julho, há lutas entre os machos e formam-se casais por curtos períodos de tempo. A implantação do ovo na mucosa uterina é retardada por quatro a sete meses, de tal forma que a gestação propriamente dita apenas se inicia já no período de letargia, de Outubro a Dezembro, e é muito curta, com uma duração de apenas 60 dias. Assim, de Janeiro a Março, nascem dentro da toca uma a três crias (normalmente duas crias gémeas), com os olhos fechados, sem pêlo e com 10% do peso que seria de prever pelo tamanho da fêmea, ou seja 400 a 500 g. O curto período de gestação está relacionado com o risco para a sobrevivência da mãe e das crias que está associado ao grande dispêndio de energia com a gestação e o início do aleitamento, num período em que a fêmea subsiste apenas à custa das reservas de gordura que acumulou e também com a vantagem de os nascimentos ocorrerem um pouco antes do início da Primavera, na qual o alimento é mais abundante. O leite dos ursos é espesso, viscoso e muito rico em gordura e proteína. Os juvenis são desmamados com cerca de um ano e meio e permanecem com a mãe até aos três a quatro anos de idade, aprendendo com ela as técnicas necessárias à sua sobrevivência futura como adultos solitários, pelo que as ninhadas têm três anos ou mais de intervalo. Os ursos-pardos atingem a maturidade sexual entre os quatro anos e meio e os sete anos. No entanto, os machos só atingem o tamanho necessário para se tornarem reprodutores aos oito a 10 anos de idade. A sua longevidade no habitat natural é de 20 a 25 anos. 


Estatuto de conservação e principais ameaças:A espécie não está globalmente ameaçada (segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza), mas a sua área de distribuição actual é muito restrita e apenas uma fracção da original. Pertence ao Ap. I da CITES. Outrora, distribuía-se por todo o Paleárctico, desde as Ilhas Britânicas e a Península Ibérica até ao estreito de Béringue e à ilha de Hokkaido (Japão). Existia ainda nas planícies e nas montanhas do oeste do continente americano, do Alasca ao México. Contudo, na América do Norte, no princípio do séc. XIX, já estava restrita apenas às zonas montanhosas, pois os ursos eram vistos pelos colonos como predadores do gado ou competidores por espaço. Nesse mesmo século, desapareceram ainda do Norte de África. Na Europa, já só existem populações isoladas na cordilheira Cantábrica, nos Pirenéus, na Escandinávia, nos Alpes e nos Cárpatos. Na América do Norte, onde são normalmente denominados "grizzly" ("grisalho; cinzento"), encontram-se principalmente em áreas protegidas. Na Rússia ainda são relativamente abundantes, mas a exploração de recursos no leste da Sibéria está a colocá-los em risco por redução e destruição de habitat. Em suma, sempre que se encontram próximos do Homem tendem a diminuir. Apesar das suas excelentes características adaptativas, tais como a versatilidade da dieta, a curiosidade e a rápida aprendizagem, a normalmente baixa densidade populacional, associada à grande dimensão do território de que necessitam e a lenta maturação sexual (principalmente no caso dos machos) são factores que dificultam a recuperação das populações. A perda de habitat é um factor muito importante de ameaça à espécie, pois os ursos-pardos requerem muito espaço de forma a manter a variabilidade genética e evitar a consanguinidade. A maioria das reservas não é suficientemente grande e estes animais são difíceis de reintroduzir, por falta da necessária experiência de sobrevivência das fêmeas e das crias. 

27 de julho de 2012

Cascavel-Diamante-Ocidental



Ordem: SQUAMATA 
Família: Crotalidae 

Distribuição e Habitat : Encontram-se desde a Califórnia até ao Oeste do Texas e ao Centro do México. Vivem em zonas áridas e semiáridas, arbustivas e rochosas, até aos 2100 metros de altitude. 



Identificação:Podem atingir 2 metros de comprimento, (embora, em média, não ultrapassem os 1,7 metros de comprimento). Não existe dimorfismo sexual. A cor e o padrão da pele destas serpentes facilitam muito a sua camuflagem sobre a areia ou as rochas do seu habitat (designando-se, por esse motivo, coloração críptica). A pele apresenta vários tons de castanho e um padrão de manchas no dorso que se assemelham na forma a diamantes; esta espécie apresenta, ainda, riscas diagonais (uma escura e duas claras) nas zonas laterais da cabeça e anéis brancos e negros que envolvem a cauda anteriormente ao guizo. O padrão da pele desta espécie é muito semelhante ao padrão da cascavel-diamante-oriental (Crotalus adamanteus), mas o tom é bastante mais atenuado do que naquela, excepto nos anéis da cauda. As cascavéis têm dentição solenoglifa (com dentes inoculadores de veneno possuidores de canais internos ligados a glândulas de veneno, que se localizam na região frontal da mandíbula superior; estes dentes são relativamente longos, retrácteis e protegidos por uma bainha membranosa). Conseguem engolir presas muito maiores do que a sua abertura bucal normal, pois os ossos dos maxilares estão unidos por ligamentos muito elásticos e podem mover-se independentemente. Além disso, têm língua bifurcada que serve, conjuntamente com o órgão de Jacobson, para a obtenção de informações olfactivas sobre o meio envolvente. As cascavéis têm, também, duas fossetas termossensoriais, uma em cada lado da cabeça (dois pequenos orifícios situados entre os olhos e as fossas nasais, que possuem membranas sensíveis ao calor); graças a estas fossetas conseguem detectar, em plena escuridão, a localização das suas presas de “sangue quente” (homeotérmicas). Além disso, exibem, tipicamente, um guizo na extremidade da cauda, que é composto por uma série de anéis córneos (escamas modificadas) que se vão sobrepondo frouxamente em cada muda de pele e que produzem um som bastante audível quando chocam entre si. Pensa-se que o guizo evoluiu como um aviso para que os grandes animais da pradaria, como os bisontes, não pisassem a cascavel. No entanto, estas serpentes, tal como outras do seu género, podem atacar sem assinalar, com o guizo, a sua presença. O veneno da cascavel-diamante-ocidental é constituído essencialmente por enzimas de função hemolítica (isto é, que destroem os elementos coagulantes do sangue, provocando grandes hemorragias internas). O veneno serve primeiro para matar a presa e facilitar a sua digestão, podendo, ainda, ser utilizado como meio de defesa. Os dentes inoculadores de veneno destas cascavéis podem, por vezes, ficar retidos no corpo da vítima sendo posteriormente substituídos.

Hábitos:Esta espécie caça por emboscada; depois da mordedura, a cascavel liberta a presa e segue-a até que o veneno surta efeito, o que normalmente sucede pouco depois. As cascavéis-diamantes-ocidentais são mais activas durante a noite e ao crepúsculo. Hibernam durante o Inverno, normalmente em cavidades rochosas onde se juntam vários indivíduos.

Dieta:Alimentam-se de pequenos mamíferos (principalmente roedores e coelhos) e de aves; também podem capturar anfíbios ou outros répteis.

Reprodução: 
É uma espécie ovovivípara (os ovos são mantidos no interior do corpo da fêmea durante o desenvolvimento embrionário). Os acasalamentos ocorrem na Primavera, a seguir ao período de hibernação. Verificam-se lutas ritualizadas entre os machos, nas quais os opositores erguem a parte anterior do corpo, enrolam-se entre si e empurram-se mutuamente com a cabeça, até que um deles abandone o combate. A ninhada de 10 a 20 crias nasce após cerca de 170 dias de desenvolvimento embrionário, normalmente durante Julho e Agosto. Atingem a maturidade sexual com cerca de três anos de idade.


Estatuto de conservação e principais ameaças:Esta espécie não se encontra globalmente ameaçada (segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza), pois é uma espécie bastante adaptável e altamente prolífica (fértil). No entanto, esta serpente altamente irritável e perigosa é o ofídio que mais mortes humanas origina, nos EUA, sendo por isso alvo de perseguição. As cascavéis são um elemento fundamental da cultura americana nativa. A pele, a carne, o óleo e o veneno extraído destas serpentes são utilizados pelo Homem com vários fins.

21 de julho de 2012

Trapdoor spider


File:Ummidia sp.jpg

Ordem: Araneae
Família: Ctenizidae



Distribuição e Habitat:
Encontra-se distribuída por vários continentes tais como Ásia, África e América, podendo também encontrar se em Portugal.
Identificação:
Trapdoor spider, é uma espécie de aranha de grande porte. Possuem, em média, um tamanho de 5 cm, podendo chegar até 30 cm. As fêmeas podem viver até 20 anos de idade, enquanto os machos vivem até, aproximadamente, 7 anos, pois morrem após o acasalamento.


Hábitos:
 Residem em tocas construídas perto de raízes de árvores, as tocas são utilizadas para obter alimento e para manter a temperatura.As  Trapdoor spider  possuem hábitos noturnos e vivem de forma solitária

Dieta:
Alimentam-se de pequenos animais, principalmente insetos. Podem ficar vários dias sem comer.

Reprodução:
A reprodução ocorre através do acasalamento, quando o macho introduz esperma na fêmea. Esta produz  de 50 a 200 ovos. Ao nascerem, os filhotes saem da toca para viverem de forma independente.


19 de julho de 2012

Animais também têm consciência, dizem cientistas



Animais como pássaros, macacos, elefantes, golfinhos, polvos, cães e gatos possuem consciência tal como os seres humanos. A afirmação foi feita por um grupo internacional de neurocientistas que, no passado sábado, assinou o primeiro documento formal que estabelece que esta não é uma caraterística exclusiva das pessoas.
 
De acordo com a revista Veja, o anúncio foi feito durante uma conferência, a Francis Crick Memorial Conference, que teve lugar na Universidade de Cambridge, em Inglaterra, por 13 especialistas da área das neurociências, entre os quais o canadiano Philip Low , criador do iBrain, dispositivo que vai ajudar o físico Stephen Hawking (que sofre de esclerose lateral amiotrófica) a comunicar por meio da mente.
 
"A neurociência está a evoluir rapidamente graças ao avanço tecnológico e, por isso, precisamos de tirar novas conclusões", afirmou Philip Low no decorrer da conferência onde se reuniram para apresentar os últimos resultados científicos das investigações que têm tentado reinterpretar a consciência.
 
Os mais recentes estudos têm tentado demonstrar que o sinal cerebral de humanos e o de outros animais têm semelhanças básicas. "As evidências mostram que os seres humanos não são os únicos a apresentarem estados mentais, sentimentos, ações intencionais e inteligência", acrescentou o especialista, que dá aulas no Massachussetts Institute of Technology (MIT), nos EUA.
 
A conferência em questão foi a primeira realizada até ao momento e focou-se na consciência em animais humanos e não humanos, com o objetivo de fornecer "uma perspetiva baseada unicamente em dados científicos" e nas técnicas quantitativas mais avançadas de monitorização disponíveis atualmente.

Clique AQUI para visitar a página oficial da Francis Crick Memorial Conference, saber mais sobre os estudos dos oradores e ver alguns dos vídeos apresentados no seu decurso.

[Notícia sugerida por David Ferreira]

Chita





Ordem: CARNIVORA 

Família: Felidae 

Distribuição e Habitat : Esta espécie está principalmente restrita a áreas protegidas. Encontra-se em todo o continente africano, à excepção do deserto do Sara e das florestas tropicais húmidas (embora já seja rara no Norte de África e na África Ocidental). Encontram-se, ainda, na Ásia Meridional e no Próximo Oriente (Irão Oriental, Turquemenistão, Afeganistão). As chitas vivem em savanas e estepes semiáridas.



Identificação:As chitas são felinos esguios, com patas muito longas e a cabeça pequena em relação ao tamanho do corpo. As garras são apenas parcialmente retrácteis, ao contrário do que sucede com outros felinos (cujas garras são totalmente retrácteis). A pelagem é amarela e exibe um padrão regular de pintas negras. As chitas apresentam tipicamente uma risca negra de cada lado do focinho. São os mais velozes dos felinos terrestres, pois conseguem atingir uma velocidade máxima próxima dos 100 a 120 km/h, embora apenas numa distância relativamente curta (cerca de 400 metros). 

Hábitos:Têm hábitos principalmente diurnos e terrestres. Procuram abrigo no meio de vegetação densa, mas são capazes de trepar facilmente às árvores. As fêmeas adultas são, geralmente, solitárias. Os machos são solitários ou vivem em pequenos grupos, normalmente de irmãos (estas associações favorecem a obtenção de alimento e de companheira). As chitas marcam os limites do seu território com urina. Caçam por perseguição da presa em corrida (ao contrário da maioria dos felinos, que caçam por emboscada). As suas caçadas falham, muitas vezes, e as presas que conseguem capturar são frequentemente roubadas por leões, leopardos, hienas e cães-caçadores. 

Dieta:Caçam principalmente gazelas, impalas e crias de zebras e gnus. Podem também capturar pequenos mamíferos (como lebres) e aves. Conseguem resistir durante longos períodos sem beber. 

Reprodução:
Acasalam em qualquer época do ano. As fêmeas no cio chamam os machos com miados e urina projectada no chão e nas árvores. O período de gestação dura 91 a 95 dias. A fêmea dá à luz uma a cinco crias, no meio de vegetação densa ou noutro abrigo apropriado. Praticamente todos os dias, esta muda-as de local, para evitar os predadores (especialmente os leões). As crias só abrem os olhos com quatro a 11 dias de idade e a amamentação dura três a seis meses. Os juvenis permanecem com a mãe até aos dois anos de idade e aprendem com ela as técnicas de caça necessárias à sua sobrevivência quando adultos. O macho não participa na criação da prole. Atingem a maturidade sexual aos dois a três anos de idade. 


Estatuto de conservação e principais ameaças:É uma espécie vulnerável (segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza). Pertence ao Ap. I da CITES. As populações estão muito ameaçadas pela caça ilegal (mesmo em áreas protegidas) para obtenção da pele, pela destruição do habitat e pela perseguição dos criadores de gado por serem consideradas uma ameaça ao gado doméstico.

17 de julho de 2012

Iguana-Rinoceronte





Ordem: SQUAMATA 

Família: Iguanidae 

Distribuição e Habitat : Encontram-se no Haiti e na República Dominicana. Vivem em terrenos áridos, rochosos e com vegetação espinhosa. 



Identificação:Podem atingir 1,2 metros de comprimento. Têm cabeça grande, corpo compacto, pernas fortes e cauda longa e achatada lateralmente. Possuem uma crista na linha médio-dorsal, desde o pescoço à extremidade da cauda. A pele é cinzenta, verde-azeitona ou castanha. Os machos apresentam três grandes tubérculos (escamas transformadas) na extremidade do focinho, que se assemelham a pequenos cornos (embora estes também possam estar presentes nas fêmeas são, no geral, mais pronunciados nos machos), sendo esta característica que confere a designação comum a esta espécie; os machos também exibem duas protuberâncias elevadas na região posterior da cabeça e inchaços na garganta.

Hábitos:Têm hábitos diurnos e principalmente terrestres; utilizam as árvores apenas para exposição solar ou para melhor alcançarem frutos comestíveis. São animais tímidos, que fogem rapidamente para um abrigo ao menor sinal de perigo; no entanto, defendem-se com golpes de cauda se forem atacados por um predador.

Dieta:Alimentam-se de matéria vegetal, essencialmente, mas também ingerem vermes, insectos e pequenos roedores.

Reprodução: 
É uma espécie ovípara. Os machos são bastante territoriais. Os acasalamentos dão-se em Abril. Entre Junho e Agosto, a fêmea deposita 7 a 25 ovos, num buraco que escava no solo. O período de incubação é de 15 a 17 semanas. As iguanas-rinoceronte atingem a maturidade sexual entre os cinco e nove anos de idade.


Estatuto de conservação e principais ameaças:É uma espécie vulnerável (segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza). Pertence ao Apêndice I da CITES. As suas principais ameaças são a destruição do habitat; a predação realizada por animais domésticos introduzidos pelo Homem (tais como cães e porcos), a caça para alimentação humana e a captura para o comércio ilegal de animais de companhia. Embora seja actualmente protegida na República Dominicana, continua a não existir qualquer tipo de regulamentação no Haiti.

12 de julho de 2012

Nandu





Ordem: STRUTHIONIFORMES 

Família: Rheidae 

Distribuição e Habitat : É uma espécie sul-americana, que vive no Brasil, no Uruguai, no Paraguai, na Bolívia e na Argentina, em pampas e cerrados, evitando terrenos de pasto abertos. Para a reprodução prefere a proximidade de zonas húmidas. 



Identificação:Os nandus medem 1,3 a 1,4 metros de altura e pesam, em média, 20 a 25 kg. A plumagem é predominantemente cinzenta. O macho é um pouco mais escuro do que a fêmea, principalmente na base do longo pescoço, que tem cor negra. Têm três dedos. Os nandus perderam (ao longo da evolução biológica) a capacidade de voar, sendo aves corredoras. Não possuem quilha, como as restantes aves, estando o esterno transformado numa placa óssea achatada de nome ratis (em latim), que está na origem da designação de ratites atribuída às aves corredoras.

Hábitos:São aves sedentárias e gregárias. Fora da época de reprodução, encontram-se em grupos de 20 a 30 ou mesmo 100 indivíduos.

Dieta:São omnívoros. Alimentam-se de folhas, sementes, raízes, frutos, insectos (principalmente gafanhotos) e pequenos vertebrados, tais como, lagartos, sapos, pequenas aves e cobras. Ingerem pequenas pedras para auxiliar a digestão.

Reprodução: 
O período de reprodução varia consoante a localização geográfica, ocorrendo algures de Agosto a Janeiro. Nesta altura, os machos são territoriais e lutam entre si. É o macho que constrói o ninho, escavando uma depressão pouco profunda, revestida por vegetação seca e geralmente abrigada na vegetação. Verifica-se poligenia simultânea nos machos e poliandria em série nas fêmeas, isto é, em cada época reprodutora, cada macho reúne um grupo de fêmeas com as quais acasala e estas realizam, em conjunto, uma postura no ninho que ele construiu; em seguida, essas fêmeas abandonam o macho à tarefa de incubar os ovos e procuram outro macho com quem acasalam e realizam nova postura. As fêmeas realizam várias posturas na mesma época reprodutora. Cada ninho pode conter 13 a 80 ovos, postos por cerca de 12 fêmeas diferentes. A incubação dura 35 a 40 dias. As crias são nidífugas, isto é, abandonam o ninho precocemente, neste caso, com poucos dias de idade. É também o macho quem acompanha as crias, até se tornarem independentes (durante seis meses, pelo menos). Atingem a maturidade sexual aos dois a três anos de idade.


Estatuto de conservação e principais ameaças:A espécie pertence ao Apêndice II da CITES. O seu número decaiu muito devido à caça para obtenção da carne e da pele, de tal forma que tem o estatuto de baixo risco/quase ameaçada.

10 de julho de 2012

Grifo



Ordem: FALCONIFORMES 

Família: Accipitridae 

Distribuição e Habitat : Reconhecem-se duas subespécies nesta espécie: Gyps fulvus fulvus, que existe no Noroeste de África, na Península Ibérica, na Córsega, na Sardenha, nos Balcãs, na Turquia, na Península Arábica e no Irão, e Gyps fulvus fulvescens, que se encontra no Afeganistão, no Paquistão e no Norte da Índia. Os grifos habitam estepes e semidesertos, em regiões montanhosas, onde se formam correntes térmicas (utilizadas por estas aves para ascensão em altitude) e existem escarpas necessárias para a nidificação. 



Identificação:Medem 95 a 110 cm de comprimento e 240 a 280 cm de envergadura de asas. Não existe dimorfismo sexual. A plumagem é castanha (mais escura nas rémiges e na extremidade da cauda), à excepção do pescoço e da parte superior da cabeça, que apenas possuem uma ligeira penugem de cor esbranquiçada. Na base do pescoço, apresentam uma coroa de penas brancas.

Hábitos:São gregários e cooperam na procura de alimento, dispersando-se por grandes distâncias e reunindo-se no local onde tenha sido encontrado um cadáver de dimensão razoável. Os adultos são essencialmente sedentários. Os juvenis dispersam-se muito. Alguns indivíduos (principalmente juvenis) invernam em África (Mauritânia, Sara Ocidental, Senegal, Mali, Níger, Sudão, Eritreia e Etiópia), fazendo as travessias de Gibraltar, do Bósforo ou do Suez, principalmente de Outubro a Novembro e muitos (nem todos) regressam de Abril a Maio.

Dieta:Alimentam-se de músculos e vísceras de cadáveres de ungulados selvagens e domésticos e, por vezes, de pequenos mamíferos (lebres, por exemplo).

Reprodução: 
Nidificam em escarpas, formando colónias, denominadas “muralhas de grifos“, que são formadas por cerca de 20 casais, mas que podem ter até 150. O período de acasalamento inicia-se em Janeiro e termina em Abril. Antes da cópula, o macho corteja a fêmea em terra. Fazem o ninho em saliências ou em pequenas grutas nas escarpas. A postura é de apenas um ovo, cuja incubação dura 50 a 58 dias e tanto o macho como a fêmea se ocupam dessa tarefa, alimentando o juvenil com alimentos semidigeridos regurgitados. As crias são altriciais (totalmente dependentes dos pais durante os primeiros tempos de vida). Os juvenis começam a voar a partir dos 110 a 130 dias, mas podem continuar a receber alimento dos pais durante mais três meses. Atingem a maturidade sexual com cerca de quatro anos de idade.


Estatuto de conservação e principais ameaças:A espécie não está globalmente ameaçada (segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza), mas as populações têm vindo a diminuir em consequência da diminuição de alimento, da perturbação dos locais de nidificação, de envenenamentos e de abates ilegais. Está listada no Apêndice II da CITES.

9 de julho de 2012

Papagaio-de-Bico-Grosso



Ordem: PSITTACIFORMES 

Família: Psittacidae 

Distribuição e Habitat : Encontram-se na Serra Madre Ocidental (México), em florestas temperadas de coníferas, florestas mistas de carvalho e pinheiro e florestas de abetos, normalmente entre os 2000 e 3000 metros de altitude. 



Identificação:Medem 38 a 43 cm de comprimento. Não existe dimorfismo sexual. Apresentam cor vermelha na fronte e sobre os olhos, bem como na parte superior da dobra das asas (“ombros”) e nas coxas. O bico é negro e especialmente grosso, daí o nome da espécie. As patas são zigodáctilas (têm dois dedos virados para a frente e dois dedos virados para trás; em geral, as aves apresentam três dedos virados para a frente e um para trás).

Hábitos:Reúnem-se em bandos sobre bancos de argila, ingerindo os sedimentos, mas ainda não é totalmente conhecida a razão deste comportamento (talvez a argila sirva para contrariar os efeitos tóxicos dos alcalóides presentes em algumas sementes de que se alimentam). São aves nómadas, que realizam movimentos dispersivos, em função da disponibilidade alimentar.

Dieta:Alimentam-se, especialmente, de sementes de várias espécies de pinheiros da sua área de distribuição.

Reprodução: 
A época de reprodução coincide com o pico da produção de sementes dos pinheiros. As posturas decorrem, normalmente, de Maio a Agosto. O ninho é construído num oco de árvore, geralmente de pinheiro. A postura é de um a quatro ovos, que são incubados durante 24 a 28 dias. As crias são altriciais (totalmente dependentes dos pais durante os primeiros tempos de vida).


Estatuto de conservação e principais ameaças:É uma espécie em perigo (segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza), devido à destruição do habitat (desflorestação resultante de exploração de madeira e criação de gado). A população total em liberdade está, actualmente estimada em 1000 a 4000 indivíduos com tendência a diminuir e os seus hábitos nómadas dificultam a conservação em áreas protegidas.

8 de julho de 2012

Melro-Metálico-Soberbo



Ordem: PASSERIFORMES 


Família: Sturnidae 

Distribuição e Habitat : Encontram-se na África Oriental, desde o Sudão à Tanzânia, em matagais espinhosos. 



Identificação:Medem cerca de 18 cm de comprimento. A cabeça tem cor negra; o peito, o dorso e a cauda têm cor azul-escura com reflexos metálicos; a parte superior das asas é verde-escura, também com reflexos metálicos; o abdómen é castanho-avermelhado e as penas cloacais são brancas; estas aves possuem, ainda, um anel de cor branca entre o peito e o abdómen. O bico é negro e os olhos são amarelos.

Hábitos:Procuram alimento no solo. São muito gregários e não temem a proximidade humana

Dieta:Alimentam-se de sementes, bagas e insectos.

Reprodução: 
O ninho é esferoidal e suspenso de um ramo de árvore ou arbusto, mas podem aproveitar o oco de uma árvore ou um ninho abandonado por outra ave. A postura é de quatro ovos. As crias são altriciais (totalmente dependentes dos progenitores durante os primeiros tempos de vida).


Estatuto de conservação e principais ameaças:A espécie não está globalmente ameaçada (segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza).

7 de julho de 2012

Pavão-Azul/Pavão-Real



Ordem: GALLIFORMES 

Família: Phasianidae 

Distribuição e Habitat : Esta espécie é originária do Subcontinente indiano (Índia, Sri Lanca, Paquistão e Bangladesh), mas é, actualmente, mantida em cativeiro em muitas partes do Mundo. Os pavões-azuis em liberdade vivem em florestas abertas, florestas secundárias, pomares e campos de cultivo próximo de povoações, até aos 2000 metros de altitude. 



Identificação:Existe dimorfismo sexual. Nos machos, a cabeça, o pescoço, a parte anterior do peito e o início do manto têm cor azul-viva e metálica; na cabeça, apresentam máscara facial branca e negra e uma crista com forma muito característica e marginada de azul; o manto tem cor verde-metálica, tal como a parte posterior do peito e o abdómen; nas asas, as penas escapulares, as pequenas supra-alares e as terciárias são estriadas de bege e castanho-escuro, as penas secundárias são negras e as penas primárias (situadas na extremidade das asas) têm cor alaranjada; as penas supra-caudais de cor verde-metálica apresentam longas barbas e ocelos de cor azul e bronze e são estas 100 a 150 penas que formam a conhecida “cauda” do pavão macho. A verdadeira cauda encontra-se por debaixo destas penas, tem cor castanho-escura e é formada por penas rígidas, que suportam as longas supra-caudais durante a exibição nupcial. Assim, a cauda mede 40 a 45 cm, nos machos, e 32 a 38 cm, nas fêmeas, mas as supra-caudais atingem 140 a 160 cm, nos machos. As fêmeas apresentam uma crista semelhante à dos machos, mas marginada de castanho, e plumagem predominantemente castanho-escura, à excepção da parte posterior do pescoço, que tem cor verde-metálica, e da região abdominal de cor clara. Os machos possuem es

Dieta:Alimentam-se de sementes de plantas de cultivo, de bagas, figos silvestres, insectos, pequenos répteis e pequenos mamíferos.

Reprodução: 
A época de nidificação varia com a localização geográfica, mas parece estar relacionada com a estação húmida. Na época de nidificação, formam-se haréns, constituídos por um macho e três ou quatro fêmeas. Os machos são territoriais e vocalizam frequentemente. Durante a parada nupcial, a exibição do macho é frontal: este ergue as penas supra-caudais, formando um leque com um padrão de ocelos de cores azul e bronze, num fundo verde-metálico, que volta completamente para a fêmea e agita num movimento que faz vibrar os ocelos e produz um som muito característico; quando se volta de costas para a fêmea, baixa e abana as penas primárias de cor alaranjada e subitamente vira-se de novo para esta exibindo o magnífico leque. Se esta está receptiva, poderá seguir-se a cópula. O ninho é construído no solo e consiste numa pequena depressão delineada por folhas e normalmente escondida num arbusto. As posturas são de três a seis ovos, que são incubados durante 28 a 30 dias apenas pela fêmea. As crias são nidífugas, isto é, abandonam o ninho precocemente, neste caso imediatamente após a eclosão; depois, começam a alimentar-se sozinhas, mas seguem a progenitora até serem independentes.


Estatuto de conservação e principais ameaças:
A espécie não está globalmente ameaçada (segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza) e é muito comum em cativeiro, a nível mundial.porões nas patas.

Hábitos:Procuram alimento em pequenos bandos. Fora da época de nidificação, as fêmeas com crias separam-se dos machos. São aves aparentemente sedentárias.

Bufo-de-Bengala





Ordem: STRIGIFORMES 

Família: Strigidae 

Distribuição e Habitat : Encontram-se no Subcontinente indiano (excepto no Sri Lanca). Vivem em encostas rochosas, terrenos arborizados ou arbustivos, estepes semidesérticas rochosas com vegetação e ruínas junto de pequenas povoações e campos de cultivo; podem ser vistos até aos 2400 metros de altitude. Os bufos-de-bengala evitam os desertos e as florestas húmidas. 



Identificação:Medem 56 cm de comprimento e 1,6 a 1,9 metros de envergadura de asas. Estas aves têm visão e audição excelentes. A plumagem exibe uma tonalidade base de cor castanho-clara mesclada por penas castanho-escuras e brancas; na cabeça, apresentam grandes penachos auriculares. Os sexos são semelhantes, mas as fêmeas são maiores.

Hábitos:São aves nocturnas. O voo é muito silencioso. Embora possam fazer voos de reconhecimento, costumam utilizar poisos estratégicos, a partir dos quais se precipitam sobre as presas. São aves residentes.

Dieta:Alimentam-se de pequenos mamíferos (especialmente roedores), aves (até ao tamanho de pavões) e respectivas crias, répteis (lagartos e serpentes), rãs, peixes, crustáceos e insectos.

Reprodução: 
A época de nidificação decorre de Outubro a Maio (principalmente de Fevereiro a Abril). Nidificam em escarpas ou no solo, sob um arbusto ou uma árvore. A postura é geralmente de quatro ovos, cuja incubação dura cerca de 35 dias e é realizada apenas pela fêmea. É o macho quem traz alimento para a fêmea, durante o período de incubação, e depois também para as crias. As crias são altriciais (totalmente dependentes dos progenitores durante os primeiros tempos de vida) e mantêm-se no ninho durante cerca de 35 dias. Atingem a maturidade sexual aos dois a três anos de idade.


Estatuto de conservação e principais ameaças:A espécie não se encontra globalmente ameaçada (segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza). Pertence ao Apêndice II da CITES. É geralmente rara na sua área de distribuição, embora seja aparentemente mais comum na região norte e centro da Índia.

Caturra





Ordem: PSITTACIFORMES 

Família: Psittacidae 

Distribuição e Habitat : Encontram-se de uma forma irregular em praticamente todo o território australiano. Vivem em zonas áridas e semiáridas com aquíferos, em savanas, matas abertas, pastagens e zonas de cultivo.



Identificação:Medem 33 cm de comprimento. Existe dimorfismo sexual. Os machos têm plumagem predominantemente cinzenta, à excepção da mancha branca na parte superior das asas, da longa crista amarela, da garganta amarela e das auriculares alaranjadas. As fêmeas são predominantemente castanhas (inclusive a crista), à excepção da mancha branca na parte superior das asas, da garganta de tom amarelo-pálido e das auriculares alaranjadas. As patas são zigodáctilas (têm dois dedos virados para a frente e dois dedos virados para trás; em geral, as aves apresentam três dedos virados para a frente e um para trás).

Hábitos:Procuram alimento ao início e ao final do dia, geralmente no solo. São excelentes voadoras. Fora da época de nidificação formam grandes bandos nómadas, que se deslocam à procura de alimento.

Dieta:Alimentam-se de uma grande variedade de sementes, inclusive de plantas de cultivo, como o sorgo e o girassol.

Reprodução:
O período de nidificação decorre, geralmente, de Agosto a Dezembro. Nidificam no solo ou em ocos de árvores, geralmente na proximidade de água. A postura é de três a sete ovos, que são incubados durante cerca de 20 dias por ambos os elementos do casal. As crias são altriciais (totalmente dependentes dos pais durante os primeiros tempos de vida). Os juvenis permanecem no ninho durante cerca de cinco semanas.


Estatuto de conservação e principais ameaças:A espécie não está globalmente ameaçada (segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza). Pertence ao Apêndice II da CITES. É relativamente abundante na sua área de distribuição e inclusive considerada uma praga agrícola, sendo abatida legalmente. É muito comum como ave de companhia.