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5 de julho de 2012

Boa-de-Madagáscar


Ordem: SQUAMATA 

Família: Boidae 

Distribuição e Habitat : Esta espécie apenas se encontra nas zonas florestadas da ilha de Madagáscar (desde florestas tropicais húmidas a florestas relativamente secas).



Identificação:As boas-de-madagáscar podem atingir 2,5 metros de comprimento. A pele da região dorsal tem cor acastanhada ou verde-olivácea com um padrão de manchas castanhas de distribuição regular. Os juvenis têm cor castanho-avermelhada, mudando para a coloração de adulto com cerca de um ano de idade. As boas-de-madagáscar têm dentição aglifa (dentes cónicos não-inoculadores de veneno). Conseguem engolir presas muito maiores do que a sua abertura bucal normal, pois os ossos dos maxilares estão unidos por ligamentos muito elásticos e podem mover-se independentemente. Além disso, a sua língua bifurcada serve, conjuntamente com o órgão de Jacobson, para a obtenção de informações olfactivas sobre o meio envolvente. Os boídeos têm, também, fossetas termossensoriais (pequenos orifícios localizados entre as escamas “labiais”, que possuem membranas sensíveis ao calor); graças a estas fossetas conseguem detectar, em plena escuridão, a localização das suas presas de “sangue quente” (homeotérmicas). Além disso, nos boídeos, ambos os sexos possuem esporões cloacais, um de cada lado da cloaca, que são utilizados durante o acasalamento (embora os dos machos sejam geralmente mais desenvolvidos).

Hábitos:Estas serpentes não-venenosas matam as suas presas por constrição: seguram-nas com as mandíbulas e enrolam o seu corpo em torno destas, imobilizando-as e apertando-as até que estas morram por asfixia. Têm hábitos principalmente nocturnos e semiarborícolas, mas os indivíduos maiores têm tendência a ser mais terrestres. Reprodução: É uma espécie ovovivípara (os ovos são mantidos no interior do corpo da fêmea durante o desenvolvimento embrionário). Os acasalamentos dão-se entre Janeiro e Maio. Nasce uma ninhada de uma a 16 crias após seis a sete meses de desenvolvimento embrionário. Durante o período de “gestação”, as fêmeas desta espécie adquirem uma cor mais escura de modo a maximizar a conservação de calor, em benefício do desenvolvimento das crias. Atingem a maturidade sexual entre os quatro a seis anos de idade.

Dieta:Alimentam-se de mamíferos (incluindo lémures) e aves.

Reprodução:
É uma espécie vulnerável (segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza). Está incluída no Apêndice I da CITES. As principais ameaças são a destruição do habitat e a captura para o comércio ilegal de espécies exóticas.

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