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27 de julho de 2012

Cascavel-Diamante-Ocidental



Ordem: SQUAMATA 
Família: Crotalidae 

Distribuição e Habitat : Encontram-se desde a Califórnia até ao Oeste do Texas e ao Centro do México. Vivem em zonas áridas e semiáridas, arbustivas e rochosas, até aos 2100 metros de altitude. 



Identificação:Podem atingir 2 metros de comprimento, (embora, em média, não ultrapassem os 1,7 metros de comprimento). Não existe dimorfismo sexual. A cor e o padrão da pele destas serpentes facilitam muito a sua camuflagem sobre a areia ou as rochas do seu habitat (designando-se, por esse motivo, coloração críptica). A pele apresenta vários tons de castanho e um padrão de manchas no dorso que se assemelham na forma a diamantes; esta espécie apresenta, ainda, riscas diagonais (uma escura e duas claras) nas zonas laterais da cabeça e anéis brancos e negros que envolvem a cauda anteriormente ao guizo. O padrão da pele desta espécie é muito semelhante ao padrão da cascavel-diamante-oriental (Crotalus adamanteus), mas o tom é bastante mais atenuado do que naquela, excepto nos anéis da cauda. As cascavéis têm dentição solenoglifa (com dentes inoculadores de veneno possuidores de canais internos ligados a glândulas de veneno, que se localizam na região frontal da mandíbula superior; estes dentes são relativamente longos, retrácteis e protegidos por uma bainha membranosa). Conseguem engolir presas muito maiores do que a sua abertura bucal normal, pois os ossos dos maxilares estão unidos por ligamentos muito elásticos e podem mover-se independentemente. Além disso, têm língua bifurcada que serve, conjuntamente com o órgão de Jacobson, para a obtenção de informações olfactivas sobre o meio envolvente. As cascavéis têm, também, duas fossetas termossensoriais, uma em cada lado da cabeça (dois pequenos orifícios situados entre os olhos e as fossas nasais, que possuem membranas sensíveis ao calor); graças a estas fossetas conseguem detectar, em plena escuridão, a localização das suas presas de “sangue quente” (homeotérmicas). Além disso, exibem, tipicamente, um guizo na extremidade da cauda, que é composto por uma série de anéis córneos (escamas modificadas) que se vão sobrepondo frouxamente em cada muda de pele e que produzem um som bastante audível quando chocam entre si. Pensa-se que o guizo evoluiu como um aviso para que os grandes animais da pradaria, como os bisontes, não pisassem a cascavel. No entanto, estas serpentes, tal como outras do seu género, podem atacar sem assinalar, com o guizo, a sua presença. O veneno da cascavel-diamante-ocidental é constituído essencialmente por enzimas de função hemolítica (isto é, que destroem os elementos coagulantes do sangue, provocando grandes hemorragias internas). O veneno serve primeiro para matar a presa e facilitar a sua digestão, podendo, ainda, ser utilizado como meio de defesa. Os dentes inoculadores de veneno destas cascavéis podem, por vezes, ficar retidos no corpo da vítima sendo posteriormente substituídos.

Hábitos:Esta espécie caça por emboscada; depois da mordedura, a cascavel liberta a presa e segue-a até que o veneno surta efeito, o que normalmente sucede pouco depois. As cascavéis-diamantes-ocidentais são mais activas durante a noite e ao crepúsculo. Hibernam durante o Inverno, normalmente em cavidades rochosas onde se juntam vários indivíduos.

Dieta:Alimentam-se de pequenos mamíferos (principalmente roedores e coelhos) e de aves; também podem capturar anfíbios ou outros répteis.

Reprodução: 
É uma espécie ovovivípara (os ovos são mantidos no interior do corpo da fêmea durante o desenvolvimento embrionário). Os acasalamentos ocorrem na Primavera, a seguir ao período de hibernação. Verificam-se lutas ritualizadas entre os machos, nas quais os opositores erguem a parte anterior do corpo, enrolam-se entre si e empurram-se mutuamente com a cabeça, até que um deles abandone o combate. A ninhada de 10 a 20 crias nasce após cerca de 170 dias de desenvolvimento embrionário, normalmente durante Julho e Agosto. Atingem a maturidade sexual com cerca de três anos de idade.


Estatuto de conservação e principais ameaças:Esta espécie não se encontra globalmente ameaçada (segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza), pois é uma espécie bastante adaptável e altamente prolífica (fértil). No entanto, esta serpente altamente irritável e perigosa é o ofídio que mais mortes humanas origina, nos EUA, sendo por isso alvo de perseguição. As cascavéis são um elemento fundamental da cultura americana nativa. A pele, a carne, o óleo e o veneno extraído destas serpentes são utilizados pelo Homem com vários fins.

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