Ordem: FALCONIFORMES
Família: Accipitridae
Distribuição e Habitat : Reconhecem-se duas subespécies nesta espécie: Gyps fulvus fulvus, que existe no Noroeste de África, na Península Ibérica, na Córsega, na Sardenha, nos Balcãs, na Turquia, na Península Arábica e no Irão, e Gyps fulvus fulvescens, que se encontra no Afeganistão, no Paquistão e no Norte da Índia. Os grifos habitam estepes e semidesertos, em regiões montanhosas, onde se formam correntes térmicas (utilizadas por estas aves para ascensão em altitude) e existem escarpas necessárias para a nidificação.
Identificação:Medem 95 a 110 cm de comprimento e 240 a 280 cm de envergadura de asas. Não existe dimorfismo sexual. A plumagem é castanha (mais escura nas rémiges e na extremidade da cauda), à excepção do pescoço e da parte superior da cabeça, que apenas possuem uma ligeira penugem de cor esbranquiçada. Na base do pescoço, apresentam uma coroa de penas brancas.
Hábitos:São gregários e cooperam na procura de alimento, dispersando-se por grandes distâncias e reunindo-se no local onde tenha sido encontrado um cadáver de dimensão razoável. Os adultos são essencialmente sedentários. Os juvenis dispersam-se muito. Alguns indivíduos (principalmente juvenis) invernam em África (Mauritânia, Sara Ocidental, Senegal, Mali, Níger, Sudão, Eritreia e Etiópia), fazendo as travessias de Gibraltar, do Bósforo ou do Suez, principalmente de Outubro a Novembro e muitos (nem todos) regressam de Abril a Maio.
Dieta:Alimentam-se de músculos e vísceras de cadáveres de ungulados selvagens e domésticos e, por vezes, de pequenos mamíferos (lebres, por exemplo).
Reprodução:
Nidificam em escarpas, formando colónias, denominadas “muralhas de grifos“, que são formadas por cerca de 20 casais, mas que podem ter até 150. O período de acasalamento inicia-se em Janeiro e termina em Abril. Antes da cópula, o macho corteja a fêmea em terra. Fazem o ninho em saliências ou em pequenas grutas nas escarpas. A postura é de apenas um ovo, cuja incubação dura 50 a 58 dias e tanto o macho como a fêmea se ocupam dessa tarefa, alimentando o juvenil com alimentos semidigeridos regurgitados. As crias são altriciais (totalmente dependentes dos pais durante os primeiros tempos de vida). Os juvenis começam a voar a partir dos 110 a 130 dias, mas podem continuar a receber alimento dos pais durante mais três meses. Atingem a maturidade sexual com cerca de quatro anos de idade.
Estatuto de conservação e principais ameaças:A espécie não está globalmente ameaçada (segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza), mas as populações têm vindo a diminuir em consequência da diminuição de alimento, da perturbação dos locais de nidificação, de envenenamentos e de abates ilegais. Está listada no Apêndice II da CITES.
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